27 de fevereiro de 2012

Tantra e Tao para pragmáticos e cépticos

As nossas experiências com o Tantra têm corrido tão bem que decidimos partilhar convosco a nossa versão desta prática. Digo nossa porque como pessoas pragmáticas que somos saltámos toda aquela parte dos chakras e energias e fomos directos à acção tântrica que, ao contrário das bocas que se ouvem, existe e recomenda-se. E dizemos Tantra, mas seria mais preciso dizermos Tao já que a maioria do que iremos aqui falar deriva daí.

Como não sabíamos muito sobre o assunto, decidimos consultar dois livros: Soul Sex: Tantra for Two e o  The Multi-orgasmic Man. O primeiro aborda o Tantra como um todo, incluindo muita teoria que não nos interessa. Apenas o Capítulo 8: Ejaculation Mastery and Male Multiple Orgasm tem substância prática e, mesmo assim, aquém dos nossos desejos. O segundo livro é da escola do Tao e é um verdadeiro manual prático sobre controlar o orgasmo. Para quem não está interessado na parte metafísica, esta é a nossa recomendação.

A parte prática do Tantra tem como objectivo prolongar o prazer de ambos evitando o período refractário que se segue após a ejaculação. Para isso emprega várias técnicas que permitem ao homem não ejacular mas, ainda assim, ter orgasmo, vários até. Desta forma o homem nunca tem uma quebra acentuada de energia permitindo-lhe satisfazer a mulher por várias horas.

Exercícios

Kegel. O primeiro passo, e o mais importante, é fortalecer o músculo pubococcígeo (PC) através de exercícios Kegel. Este exercício consiste em contrair o músculo PC (da mesma forma como se faz para bloquear o fluxo de urina) várias vezes. O recomendado é fazer 10 séries de contracções de 10 segundos 3 vezes ao dia. A minha técnica consiste em contar até 200, dos 1-10 faço uma contracção e descanso dos 11-20, mais uma contracção dos 21-30 seguida por descanso dos 31-40 e assim sucessivamente. O fortalecimento do PC ajuda a bloquear o impulso ejaculatório e também a aumentar a resistência sexual, ou seja, aumentar o número de orgasmos que o homem consegue atingir numa sessão de sexo. Este exercício não só é muito útil para a vida sexual como traz benefícios para a saúde da próstata. Mais detalhes aqui.


Conhece-te a ti mesmo. O segundo passo consiste em perceber as diferentes etapas de excitação e aprender a identificar o momento em que o orgasmo está iminente. Para tal, são recomendados os seguintes passos:
  1. Dê prazer a si próprio (como preferir);
  2. Tente aperceber-se das diferentes fases de erecção, da forma como o nível de excitação aumenta e também do seu ritmo cardíaco;
  3. Quando se aproximar da ejaculação, pare e descanse. Tente aperceber-se da contracção involuntária que ocorre no músculo PC e ânus. Pode demorar algum tempo até conseguir aperceber-se disto sem ejacular;
  4. Depois de recuperar o controlo repita as vezes que desejar.

The Big Draw. Esta é a técnica suprema para atingir o orgasmo não ejaculatório. Principais pontos:
  1. Dê prazer a si próprio como preferir até ter uma erecção forte, mas antes de chegar ao ponto sem retorno;
  2. Pare e descanse para recuperar o controlo e contraia o músculo PC;
  3. Inspire e contraia as suas nádegas fortemente. Isto move algum sangue dos seus genitais para as nádegas diminuindo o impulso ejaculatório;
  4. Contraia os músculos dos ânus até à espinha várias vezes inspirando a cada vez;
  5. A sua erecção irá diminuir, tanto mais quanta mais energia conseguir mover dos seus genitais. Pode ver este decréscimo de erecção como uma medida de sucesso;
  6. Repita 3 a 6 vezes.

The Finger Lock. Esta técnica é boa como último recurso para quando a ejaculação parece inevitável. O seu uso tem como desvantagem a perda da erecção, mas conserva a energia sexual, permitindo recuperar a energia sexual muito mais depressa.
  1. Quando sentir que a ejaculação é inevitável coloque os 3 dedos do meio junto ao seu períneo;
  2. O dedo do meio deve pressionar directamente o canal da uretra enquanto os outros dois devem mantê-lo no lugar. Este canal expande com o aproximar do orgasmo pelo que deverá ser fácil identificá-lo;
  3. Contraia os músculos PC;
  4. Mantenha os dedos nos lugar antes, durante e depois das contracções;
  5. Remova os dedos quando recuperar o controlo.


Masturbação tântrica

A melhor forma de treinar estas técnicas é usá-las quando se masturba. Tenha como objectivo masturbar-se sem ejacular e quando sentir o impulso ejaculatório use o Big Draw. Se sentir que é insuficiente use o Finger Lock. Inicialmente precisava sempre de recorrer ao Finger Lock, mas com o fortalecimento do músculo PC e com o treino acabei por conseguir usar o Big Draw. Ainda assim, de tempos a tempos, recorro ao Finger Lock. A Masturbação Tântrica não só lhe permite melhorar a sua performance sexual como ainda conserva a sua energia sexual para a sua parceira que o irá apreciar certamente.

No acto

Então e como é isto na prática? É recomendado que a sua parceira saiba que pratica Tantra/Tao para não a baralhar quando parar para evitar o orgasmo e também para ela o poder ajudar. Durante o acto é mais difícil aplicar o Finger Lock pela dificuldade de acesso à zona do períneo por isso o Big Draw é a melhor opção. Quando se sentir muito excitado comece por abrandar o ritmo e se isso não for suficiente pare, contraia o músculo PC e siga as restantes instruções do Big Draw. É muito importante que não pare de respirar! Esta é a minha maior dificuldade pois paramos de respirar por reflexo, mas a respiração aumenta imenso a eficácia da técnica. A Eva geralmente gosta imenso desta parte, ela adora ver-me a ter orgasmos tântricos e faz um grande sorriso. Não tenha medo ou vergonha de interromper o acto para evitar a ejaculação, lembre-se que isto lhe irá permitir prolongar o acto e geralmente as mulheres apreciam isto.

Conclusão

Apesar dos livros de Tantra e Tao advogarem que os orgasmos sem ejaculação são muito maiores que os orgasmos ejaculatórios eu não partilho a mesma opinião. Já atingi vários orgasmos tântricos, inclusive uma espécie de orgasmos múltiplos, tanto a masturbar-me como durante relações sexuais, e alguns foram muito bons e grandes mas nunca ultrapassaram os meus maiores orgasmos ejaculatórios; por isso até lhes chamo pseudo-orgasmos. Mas há duas coisas que me fazem adorar o Tantra, duro mais tempo e dou mais prazer à Eva e quando finalmente me rendo a um orgasmo ejaculatório é ENORME. Os meus maiores orgasmos foram os orgasmos ejaculatórios após alguns orgasmos tântricos e por isso acho que vale bem a pena!

PS: Este é um artigo muito resumido de introdução ao Tantra e Tao e não é de modo algum completo. Muito mais se poderia ter escrito. Recomendamos a leitura dos livros acima referidos (ou de outros) para melhor os entender e praticar, mas estejam à vontade para fazer perguntas! :)

23 de fevereiro de 2012

Sob o quente da água

Adoro fazer broches ao Adão no duche!


A atmosfera que criamos debaixo do chuveiro é extraordinária: os abraços e os beijos e outros mimos que trocamos; a espuma nos nossos corpos enquanto nos lavamos um ao outro; o pé do Adão na borda da banheira a ajudá-lo a apoiar-se, dando-me espaço à sua frente… Mas do que gosto mesmo é de me ajoelhar e sentir o cair da água quente na minha cabeça, nos meus ombros e costas, enquanto lambo e chupo a pila do Adão.

Naquele fim de semana recheado de prazeres da carne, eu não conseguia tirar da ideia fazer um broche ao Adão enquanto estivéssemos no duche. Sem lhe revelar os meus planos pecaminosos, fiz-lhe um convite irrecusável: vamos para a banheira?

Debruço-me à frente do Adão e começo a fazer-lhe um broche. Devagarinho. Suavemente. Gosto que ele se sinta relaxado com o toque da minha língua na sua pila e nas suas bolas. E assim passamos algum tempo, os dois a apreciar o momento.

E é então que a minha mão e a minha boca começam a fazer um pouco mais de pressão no pau do Adão. E aumento o ritmo. E aumento a pressão. Com a pila na boca, agarro o rabo do Adão (e se o Adão tem um rabo bom de agarrar!…) E sem me esquecer dos meus movimentos com a boca, aproximo a mão direita do centro do rabo do Adão. Desço. Sinto a mão do Adão sobre a minha. Ele não me diz para parar. Pelo contrário, motiva-me a continuar. Os meus dedos percorrem o rego do Adão, enquanto a minha boca continua a chupar a sua pila. Às tantas é o Adão quem controla, já não sou eu. É o Adão que come a minha boca com a sua pila. E enfio-lhe um dedo no cu.

O Adão não tem tempo de me avisar, não quer perder a excitação com palavras que, também para mim, são desnecessárias e não me dizem mais do que aquilo que o seu corpo me está a dizer. Vem-se. E é então que volto a sentir a água quente a escorrer pela minha cabeça, uma textura que contrasta com a do líquido aveludado que saboreio na minha boca.